Capablanca foi o melhor enxadrista espontâneo na história do jogo.
No xadrez, onde os elogios aos rivais costumam ser poucos e discretos, ele conquistou excepcionalmente o reconhecimento dos outros campeões mundiais que o conheceram e enfrentaram. Euwe o considerou "inigualável no final e no puro jogo posicional; como tático, insuperável"; Botvinnik escreveu que "Capablanca era o mais talentoso; de todos os campeões que conheci foi dele que recebi a melhor impressão"; Alekhine, apesar de não falar com Capa por quinze anos, elogiou-o como "o maior gênio do xadrez"; enquanto Lasker disse: "Conheci muitos enxadristas, mas apenas um gênio, Capablanca".
Capablanca conquistou o primeiro ou o segundo lugar em trinta dos 35 torneios de que participou e perdeu apenas 35 partidas em matches e torneios de um total de 567 em toda a sua vida. Houve, inclusive, um período de oito anos (1916-24) sem uma única derrota, ao passo que sua média geral de derrotas - em torno de 5,5 % - é aproximadamente metade das de Lasker e Alekhine e só veio a ser igualada no auge das carreiras de Fischer, Karpov e Kasparov.
Até o aparecimento de Fischer, meio século depois, Capa foi o único grande mestre do xadrez do Ocidente cujo nome era conhecido pelo público, que, inclusive, comparecia em massa às suas partidas. Por décadas percorreu o mundo em excursões com exibições simultâneas, jogando com grande rapidez e vencendo em grandes percentagens, mesmo quando os oponentes eram fortes.
De acordo com os padrões do xadrez, Capablanca nasceu com o chamado dom nato. Aprendeu a movimentação das peças, por conta própria, aos quatro anos e aos doze derrotou o campeão de Havana num match. Aos dezoito, antes de participar de um grande evento internacional, derrotou o campeão norte-americano Marshall por 8 a 1. Devido ao notável resultado, foi convidado para o grande Torneio Internacional de San Sebastián, em 1911. O Dr. Bernstein, um dos participantes de renome, protestou contra a inclusão do desconhecido e, como nos contos de fada, Capa derrotou-o brilhantemente na rodada de abertura.
Tentando estabelecer- se como o desafiante de Lasker, Capa partiu então para uma excursão relâmpago na Europa, confrontando- se com os principais mestres em minidesafios de duas partidas. Venceu quase todos eles.
Lasker, sentindo o risco que seu título corria perante esse jovem e perigoso rival, conseguiu evitar o match, apesar do clamor público crescente, até que a Primeira Guerra Mundial encerrasse temporariamente as atividades do xadrez. Mas, com a volta dos torneios internacionais, o Clube de Xadrez de Havana fez uma oferta de 20000 dólares, que Lasker, empobrecido pela guerra, aceitou. Ele jogou todo o match apaticamente e Capa tornou-se campeão mundial por uma margem de 4 a 0 com dez empates numa série originariamente programada para 24 partidas.
No xadrez, onde os elogios aos rivais costumam ser poucos e discretos, ele conquistou excepcionalmente o reconhecimento dos outros campeões mundiais que o conheceram e enfrentaram. Euwe o considerou "inigualável no final e no puro jogo posicional; como tático, insuperável"; Botvinnik escreveu que "Capablanca era o mais talentoso; de todos os campeões que conheci foi dele que recebi a melhor impressão"; Alekhine, apesar de não falar com Capa por quinze anos, elogiou-o como "o maior gênio do xadrez"; enquanto Lasker disse: "Conheci muitos enxadristas, mas apenas um gênio, Capablanca".
Capablanca conquistou o primeiro ou o segundo lugar em trinta dos 35 torneios de que participou e perdeu apenas 35 partidas em matches e torneios de um total de 567 em toda a sua vida. Houve, inclusive, um período de oito anos (1916-24) sem uma única derrota, ao passo que sua média geral de derrotas - em torno de 5,5 % - é aproximadamente metade das de Lasker e Alekhine e só veio a ser igualada no auge das carreiras de Fischer, Karpov e Kasparov.
Até o aparecimento de Fischer, meio século depois, Capa foi o único grande mestre do xadrez do Ocidente cujo nome era conhecido pelo público, que, inclusive, comparecia em massa às suas partidas. Por décadas percorreu o mundo em excursões com exibições simultâneas, jogando com grande rapidez e vencendo em grandes percentagens, mesmo quando os oponentes eram fortes.
De acordo com os padrões do xadrez, Capablanca nasceu com o chamado dom nato. Aprendeu a movimentação das peças, por conta própria, aos quatro anos e aos doze derrotou o campeão de Havana num match. Aos dezoito, antes de participar de um grande evento internacional, derrotou o campeão norte-americano Marshall por 8 a 1. Devido ao notável resultado, foi convidado para o grande Torneio Internacional de San Sebastián, em 1911. O Dr. Bernstein, um dos participantes de renome, protestou contra a inclusão do desconhecido e, como nos contos de fada, Capa derrotou-o brilhantemente na rodada de abertura.
Tentando estabelecer- se como o desafiante de Lasker, Capa partiu então para uma excursão relâmpago na Europa, confrontando- se com os principais mestres em minidesafios de duas partidas. Venceu quase todos eles.
Lasker, sentindo o risco que seu título corria perante esse jovem e perigoso rival, conseguiu evitar o match, apesar do clamor público crescente, até que a Primeira Guerra Mundial encerrasse temporariamente as atividades do xadrez. Mas, com a volta dos torneios internacionais, o Clube de Xadrez de Havana fez uma oferta de 20000 dólares, que Lasker, empobrecido pela guerra, aceitou. Ele jogou todo o match apaticamente e Capa tornou-se campeão mundial por uma margem de 4 a 0 com dez empates numa série originariamente programada para 24 partidas.
Artigo enviado por Gilvan Quadros/Grupos FBX/Yahoo
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