“Não estou jogando com peões brancos ou negros, sem vida. Jogo com seres humanos de carne e sangue”! Emanuel Lasker.
Pode-se dizer, parafraseando o Conselheiro Acácio, que existe no mundo do xadrez jogadores com os mais diferentes perfis psicológicos. Há aqueles que primam pela extrema racionalidade como Botvinnik; numa categoria especial, no Olimpo, estão os gênios como Capablanca e Mikhail Tal. Têm ainda jogadores como Kasparov que dominaram com profunda complexidade e heterodoxia as diversas fases do jogo. Num outro extremo está aqueles que usam da sua prodigiosa memória para se familiarizar com milhares de posições, como Fischer. Deve-se lembrar que Karpov quando se preparou para o match, não realizado, contra Fischer, tinha em mente conduzi-lo para posições no qual aquele não estava acostumado e forçá-lo a jogar no máximo desconforto possível, determinadas posições. O plano de Karpov estava em perfeita consonância com a escola psicológica de um dos mais originais enxadristas que já existiu, o Dr. Emanuel Lasker. O seu estilo de jogo, surpreendentemente, não preconizava a melhor jogada e sim a que mais desagradava ao seu adversário. O seu slogan da partida de xadrez poderia muito bem ser resumida na frase no qual refutou o conceito de estratégia de Steinitz: “O Xadrez é uma luta entre duas mentes”! A luta psicológica, marca digital de Lasker, foi levada ao completo radicalismo. Nunca tantos excelentes jogadores erraram tanto, como quando o enfrentavam.
Numa outra observação de agudeza ímpar e no qual definira o seu conceito psicológico do jogo de xadrez, observara: “quando um forte mestre pensa uma hora em média, uma jogada, creio que não me convém fazer o que ele deseja”!!
"Diante do tabuleiro, a mentira e a hipocrisia não sobrevivem por muito tempo. A combinação criadora desmascara a presunção da mentira, os impiedosos fatos, que culminam no mate, contradizem o hipócrita." – Emanuel Lasker, depois de refletir sobre os sete pecados capitais dos enxadristas, enunciados por Tartakover(Superficialidade, Voracidade, Pusilanimidade, Inconsequência, Dilapidacão do tempo, Excessivo amor a paz(!), Bloqueio).
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