Estudantes disputam campeonato de xadrez em BH
Gustavo Werneck - Estado de Minas
Pedro Vilela/Esp
Disputa no Mineirinho reuniu nesse sábado 1,5 mil alunos de escolas públicas e privadas de 40 cidades mineiras
Só mesmo bispos, reis e peões para deixar 1,5 mil crianças e adolescentes em silêncio absoluto, compenetradas e atentas a cada lance. Pois foi esse o cenário nesse sábado da final do 1º Circuito Mineiro de Xadrez Escolar, no Ginásio do Mineirinho, na Pampulha, em Belo Horizonte. Diante dos tabuleiros, meninos e meninas de 6 a 18 anos, representando 40 municípios, disputaram as 22 categorias referentes às séries dos ensinos fundamental e médio. A Escola Estadual Manuel Soares do Couto, do Bairro Lagoa, em Venda Nova, da capital, recebeu o prêmio de unidade com maior delegação (84 jogadores). O resultado com o nome dos vencedores e das cinco escolas com maior pontuação será divulgado neste domingo no site www.fmx.org. br. Sem demonstrar o menor sinal de ansiedade, o estudante Iago Augusto Faria, de 10 anos, morador de Conceição do Rio Verde, no Sul de Minas, estava animado para dar o xeque-mate no adversário. Aluno da 5ª série da Escola Estadual Dom Oto Mota, Iago disse que aprendeu a jogar xadrez há dois anos e se entusiasmou. “É muito bom para melhorar o raciocínio e aprender matemática. Valeu a pena ter viajado seis horas para competir”, disse. Na sua frente, Rodolfo Coelho Viana, de 11, da Escola Municipal Lídia Angélica, do Bairro Itapoã, na Pampulha, em BH, lembrou que o jogo é uma guerra, sendo necessário “muita paz de espírito” para triunfar. A ala feminina também marcou presença no campeonato, considerado o maior do país e promovido pela Federação Mineira de Xadrez (FMX) e Secretaria de Estado da Educação (SEE). Sorridente, Thaís Larissa Gomes, de 14, da 8ª série da Escola Estadual Armando Ziller, do Bairro Mantiqueira, na Região de Venda Nova, contou que, com a prática regular do esporte, o seu rendimento é melhor em todas as matérias. “Minhas notas estão muito boas”, revelou. A sua oponente, Camila Bueno, de 15, da 8ª série da E.M. José Maria Alckmin, do Bairro Serra Verde, em Venda Nova, mostrou que as partidas são importantes para fazer novas amizades e fortalecer as relações familiares.Segundo a diretora da FMX, Luciane Sepúlveda, o circuito, com participação de escolas das redes pública e privada, começou em dezembro, estando prevista uma segunda edição ainda este ano. A subsecretária de Desenvolvimento de Educação Básica da SEE, Raquel Elizabete de Souza, explicou que o ensino do xadrez começou nas escolas de BH em 2005, como parte do projeto Escola viva, comunidade ativa. Depois, foi incluído no programa Aluno em tempo integral. O contato com as peças do tabuleiro permite uma série de benefícios. “Desenvolve o raciocínio lógico, deixa o aluno mais calmo, persistente, capaz de esperar a sua vez em qualquer situação”, disse Raquel. Ela destacou a capacitação profissional dos professores, que podem lecionar qualquer matéria na escola. A professora de xadrez Andréa Brito de Lisboa Capel Molina é só elogios para o esporte. Mãe do jogador profissional Roberto Capel Molina, de 23, ela estava, desta vez, acompanhando o filho Thales, de 9. “É um esporte que favorece a socialização, estimula a capacidade intelecual e facilita até o estudo de idiomas”, revelou.
Fonte: Enviado por e-mail para o Grupo FBX/ yahoo por Gilvan Quadros