Na base da fé e da homeopatia, grande mestre se recupera de doença e espera voltar a competir em alto nível
Ana Paula Garrido
A doença de nome difícil - miastenia -, e tratamento mais difícil ainda, quase deu um xeque-mate em Henrique Mecking, o Mequinho. Foram 17 anos longe do mundo de torres, peões, rainhas e reis - de 1979 a 1991 e 1995 a 2000. Durante esses intervalos, arriscou algumas disputas, mas admite que não foi nada bem. Mas, agora, o discurso é diferente. Mequinho vem retomando, ainda devagar, a rotina de jogos. No ano passado, o melhor enxadrista que o Brasil já teve participou de três torneios e empatou por 2 a 2 com o melhor da América do Sul.
Para ele, a recuperação só foi possível graças a remédios homeopáticos, alimentação natural e oração, muita oração - mesma tática usada em jogos difíceis. "Já estive completamente perdido em quatro ou cinco disputas, mas, começo a rezar em voz baixa, Jesus fica com pena de mim e me salva", diz.
A ligação íntima com a religião - formou-se em teologia e participa do movimento Renovação Carismática, da Igreja Católica -, o faz assegurar que sua cura está próxima. "Estou quase bom. Há dez anos jogava muito pior do que agora", conta.
Mequinho aposta em cura ainda para este ano. "Na Bíblia diz: "Para Deus um dia é como mil anos e mil anos como um dia". Vou ser curado rapidamente."
O desejo é ser o mesmo de 1978, quando se sagrou o 3º melhor do mundo no ranking da Federação Internacional de Xadrez (FIDE). "Pretendo voltar a ser um dos melhores, até o primeiro", torce. A doença que atrapalha a ligação dos nervos com os músculos o faz perder força rapidamente após atividades física ou mental. "Os erros são por causa do cansaço. Além disso, demoro mais para me recuperar dos torneios."
A necessidade de intervalos mais longos impede a participação de Mequinho em campeonatos seguidos, que contam pontos para o "rating" internacional (ranking dos melhores do mundo). Cada partida vencida é somada na pontuação. Quando disputada com adversário de nível superior, até empate rende pontos. Em 1978, ele atingiu a marca de 2.635. Hoje, está longe dos primeiros lugares.
"Fui prejudicado porque houve uma grande inflação de "rating". A Federação deu pontos para mulheres e surgiram novos jogadores", reclama. Mesmo assim, Mequinho se orgulha da conquista, que o coloca na classe dos grandes mestres - acima de 2.500 pontos - para sempre. E afirma que, mesmo na época aguda da doença, nunca esteve abaixo disso.
Enquanto não volta a ter 100% de condições, Mequinho controla a ansiedade com a certeza de que o pior já passou. Quase morreu durante uma crise da doença em 1979. Na época, não conseguia mastigar e nem sair de casa, tamanha a fraqueza. "A empregada me dava comida na boca e um amigo escovava meus dentes", relata.
Como grande mestre de xadrez, Mequinho soube lidar com o tempo prolongado para se livrar da miastenia. Já são 31 anos, entre tratamento nos Estados Unidos e remédios diários, além de visitas às cidades milagrosas e participação em grupos de oração.
No entanto, a paciência não é a mesma para partidas mais longas. Prefere jogos mais rápidos realizados em sites como o Clube de Xadrez Virtual (ICC). "Fui dez vezes o numero um no ICC. Ali se reúnem os melhores do mundo e tem mais de 200 mil jogadores", orgulha-se.
A preferência por lances mais breves também é clara no livro em que fala sobre sua vida. Os 14 capítulos têm em média uma página e meia cada um.
Mesmo em conversas sobre xadrez, Mequinho sempre acha espaço para discursar sobre santos e teorias católicas. Tudo acompanhado de datas e nomes detalhados. Porém, a memória ainda não armazenou a senha para entrar no ICC, anotada num papel dobrado.
RECUPERAÇÃO
Para auxiliá-lo na fase de recuperação, Mequinho chamou o enxadrista Tiago Pereira Rodrigues. Enquanto o grande mestre fica na sala lendo sobre xadrez ou analisando partidas, o jovem Tiago, de 21 anos, sentado a frente de três computadores, reúne informações sobre os principais mestres e jogadas. Para o garoto, vale o aprendizado.
Acostumados a passar horas em frente a um tabuleiro, os dois só se enfrentaram uma vez, numa partida simultânea, quando Mequinho jogou com vários ao mesmo tempo. Tiago perdeu. Os dois se enfrentam mais no caratê, esporte que Mequinho pratica, assim como a corrida, para manter a forma.
Se depender de autorização médica, o mestre pode voltar logo. "Ele se encontra num grau bem estável, em condições de disputar campeonatos", afirmou o homeopata Luiz Eduardo Andrade. Disse que ele está preparado, com remédios mais fortes, para atividades intensas, como campeonatos, ou para enfrentar crises da miastenia.
Já o presidente da Confederação Brasileira de Xadrez, Pablyto Robert, desconfia que a retomada de Mequinho dê resultado. "Ele nunca deixou de ser um grande jogador, mas para brigar por títulos é difícil. Ele ficou muito tempo longe e a idade também é fator determinante no xadrez competitivo", aponta.
PLANOS
O primeiro passo de Mequinho este ano é conseguir um patrocínio de alguma cidade paulista para os Jogos Abertos do Interior. Ano passado, ficou em 3º lugar, por São Bernardo. A Secretaria de Esportes da cidade avisou que, por enquanto, não há nada programado sobre contratações para este ano.
Mequinho também aposta nas partidas simultâneas para se manter financeiramente. Seu desempenho é bom na categoria. "Não perco há 34 anos." A última participação foi em outubro, durante a Virada Esportiva, em São Paulo.
Por enquanto, o único compromisso acertado para 2010 será em março, em Caxias do Sul, durante a Festa da Uva. Apesar de não valer pontos para o ranking mundial, Mequinho pode jogar com grandes mestres, "entre eles, um da Ucrânia, que é campeão mundial de xadrez rápido".
O único enxadrista brasileiro que chegou a ser o terceiro melhor do mundo ainda não consegue definir uma data para sua volta definitiva. Mas mantém a esperança e se esforça para continuar com o raciocínio ativo. Questionado em quanto tempo percorria quatro quilômetros, Mequinho ainda não havia se preocupado em cronometrar sua corrida, praticada duas vezes por semana. Tratou, porém, de calcular um valor aproximado, por meio do tempo médio para a distância de 2,5 km. Chegou ao intervalo entre 16 e 18 minutos.
GRANDE MESTRE
Nome: Henrique Costa Mecking
Nascimento: em 1952, na cidade de Santa Cruz do Sul (RS)
Idade: 58 anos
Quando começou: aos 6 anos
Principais conquistas:
1959: Vice-campeão de São Lourenço do Sul (RS)
1964: Campeão gaúcho
1965: Campeão brasileiro
1967:Título de Mestre Internacional
1972: Título de Grande Mestre Internacional
1978: Terceiro melhor jogador de xadrez do mundo
2005: Segundo lugar no Torneio Zonal 2.4 da Fide
2006: Campeão invicto do Torneio de Lodi (Itália)
2010: Completa 34 anos de invencibilidade em partidas simultâneas no Brasil
PUBLICADO NO JORNAL ESTADÃO. (31/01/2010)
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"Diante do tabuleiro, a mentira e a hipocrisia não sobrevivem por muito tempo. A combinação criadora desmascara a presunção da mentira, os impiedosos fatos que culminam no mate, contradizem o hipócrita." - Emanuel Lasker - Xadrez é vida, é sorte, é azar. É jogar, se esconder, se divertir, rir, mentir, suar, matar, capturar. Com o xadrez aprendemos a ser felizes; com ele, podemos aprender a viver; ganhamos, perdemos, mas JOGAMOS; para um grande enxadrista não basta apenas JOGAR, mas é necessário GANHAR! Como Kasparov sempre dizia: o mestre só se torna um mestre a partir de mil derrotas e meia vitória, pois assim ele aprende a ter dignidade e ser capaz de ver os lances, prever os lances. Um mestre só se torna um mestre quando obtêm mil derrotas pensadas, mas ele se torna um burro quando não quer pensar e para de jogar.
Xadrez = Arte
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Milton Matone nos envia vídeos inéditos de torneios, mestres e demais eventos de xadrez. Postados no Youtube formam uma verdadeira biblioteca visual enxadrística.
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domingo, 31 de janeiro de 2010
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Xadrez na Armênia
Apresentamos a seguir a tradução de um interessante artigo publicado pela BBC em setembro de 2009.
Armênia revela as suas proezas enxadrísticas
A Armênia, que possui pouco mais de 3 milhões de habitantes, venceu as duas últimas Olimpíadas de Xadrez, superando Rússia, China e Estados Unidos. Qual é o segredo deles? O repórter da BBC David Edmonds viajou ao país para descobrir.
David Edmonds
Não falo uma palavra de armênio, e a primeira pessoa que encontrei na Armênia não falava uma palavra de inglês. Era o taxista que veio me buscar no aeroporto. “David”, eu disse, apontando para mim mesmo. “Tigran”, ele disse, apertando a minha mão. “Tigran Petrosian”.
Uma estranha coincidência: um xará do taxista, Tigran Petrosian, derrotou Mikhail Botvinnik em 1963 e conquistou o título mundial de xadrez. Para o Ocidente, era apenas mais um caso de um soviético vencendo outro. Os soviéticos usavam o xadrez para demonstrar a superioridade do comunismo sobre o capitalismo e chegaram a criar uma fábrica altamente eficiente do jogo, produzindo talentos como se fossem salsichas. Mas a visão que os armênios tinham desses fatos era diferente. Para eles, Petrosian era acima de tudo um armênio.
Obsessão nacional
Dezenas de milhares de pessoas reuniram-se na Praça da Ópera em Erevã, capital do país, para assistir às partidas, que eram reproduzidas em tabuleiros gigantes conforme os lances eram transmitidos de Moscou. O resultado causou uma explosão de fervor patriótico. No mesmo ano, John F. Kennedy foi assassinado.
“Nos Estados Unidos, todos lembram onde estavam quando Kennedy foi baleado”, um homem me disse. “Aqui na Armênia, todas as pessoas que hoje têm uma certa idade lembram o exato momento em que Petrosian se tornou campeão mundial”.
A partir de então, o xadrez transformou-se numa obsessão nacional. O meu taxista, Tigran, não foi o único que encontrei com esse nome. Na verdade, trata-se de um nome armênio antigo. Tigran o Grande construiu um vasto império aqui na época dos romanos. Contudo, os Tigrans se multiplicaram desde as conquistas de Tigran Petrosian.
Tigran Xmalian, um diretor de cinema, fez um filme no qual a história da Armênia moderna é contada por meio do xadrez. O filme é trágico, e o acontecimento mais marcante se passa na Primeira Guerra Mundial. Cerca de um milhão de pessoas – alguns acreditam que esse número seja maior, outros, menor – foram massacradas ou morreram de exaustão em deportações impostas pelos turcos otomanos.
A partir do final dos anos 1980, a Armênia passou por experiências como um catastrófico terremoto, uma guerra contra o Azerbaijão e um colapso econômico. Tigran Xmalian diz que o xadrez oferece às pessoas esperança, a chance de salvação, porque, como ele explica, no xadrez todo peão pode se tornar uma dama.
Em seguida, eu me encontrei com o presidente da Federação Armênia de Xadrez. As negociações para que a entrevista ocorresse levaram meses, o que pode parecer estranho até levarmos em conta que no seu tempo livre ele é também o presidente do país. Por sinal, há dois Tigrans no seu gabinete: o primeiro-ministro e o ministro da Fazenda.
O Estado já oferece treinamento gratuito para os jogadores mais promissores e um salário fixo (equivalente à média salarial) para qualquer armênio que alcance o título de grande mestre. O presidente planeja agora introduzir o xadrez no currículo escolar.
“Não queremos que as pessoas conheçam a Armênia só por causa do terremoto e do genocídio”, disse o presidente Serge Sarkisian. “Ao contrário, nós gostaríamos que o país se tornasse famoso pelo seu xadrez”.
Casa de Xadrez
No centro de Erevã, há um imponente prédio de quatro andares da era stalinista no qual qualquer pessoa pode entrar para jogar uma partida, seja de poucos minutos, seja de horas.
Alguns jogadores posicionam as peças como se fossem blocos de carne, ao passo que outros as movimentam ao longo do tabuleiro como se fossem frágeis porcelanas. Os homens (quase todos são homens) incluem desde jogadores de nível internacional até capivaras, como se diz na linguagem do xadrez.
O prédio chama-se Casa de Xadrez Tigran Petrosian e lá é possível ouvir várias explicações sobre por que os armênios se destacam no jogo. Secretamente, e às vezes não tão secretamente, muitos acreditam que o motivo é que os armênios são simplesmente mais criativos, mais lógicos e mais inteligentes do que o resto do mundo.
Celebridades
Durante um grande torneio internacional de xadrez realizado na estância turística de Jermuk, me deparei com outro Tigran Petrosian. Ele não é parente da lenda do xadrez armênio, mas conta que, depois que Petrosian ganhou o título mundial, o sonho do pai, caso tivesse um filho, era chamá-lo Tigran.
O menino cresceu e se tornou um grande mestre de alta pontuação, membro da equipe que conquistou a Olimpíada. Gordinho e animado, esse Tigran Petrosian não se parece nada com um símbolo sexual, mas na Armênia jogadores de xadrez são celebridades.
Um espectador me conta que o jogador número um da Armênia, Levon Aronian, é o equivalente a David Beckham no país. Ele tem até aquele visual de barba por fazer. Moças e aspirantes a enxadristas o perseguem para conseguir fotos e autógrafos.
Em Jermuk, o público se reúne no local onde os jogos são mostrados em telas. Alguns senhores de mais idade debatem os lances apaixonadamente enquanto o sol reflete em suas têmporas.
O nome do torneio é Memorial Tigran Petrosian. O ex-campeão mundial, que faleceu em 1984, teria completado 80 anos em 2009.
O jovem Tigran Petrosian espera compor a equipe que defenderá a medalha de ouro olímpica em 2010. “O nome me dá um bom pressentimento”, diz. “O problema é que ele faz com que as pessoas tenham a expectativa de que eu vença todos os jogos. É muita pressão”.
Armênia revela as suas proezas enxadrísticas
A Armênia, que possui pouco mais de 3 milhões de habitantes, venceu as duas últimas Olimpíadas de Xadrez, superando Rússia, China e Estados Unidos. Qual é o segredo deles? O repórter da BBC David Edmonds viajou ao país para descobrir.
David Edmonds
Não falo uma palavra de armênio, e a primeira pessoa que encontrei na Armênia não falava uma palavra de inglês. Era o taxista que veio me buscar no aeroporto. “David”, eu disse, apontando para mim mesmo. “Tigran”, ele disse, apertando a minha mão. “Tigran Petrosian”.
O xadrez é popular entre os jovens armênios.
Uma estranha coincidência: um xará do taxista, Tigran Petrosian, derrotou Mikhail Botvinnik em 1963 e conquistou o título mundial de xadrez. Para o Ocidente, era apenas mais um caso de um soviético vencendo outro. Os soviéticos usavam o xadrez para demonstrar a superioridade do comunismo sobre o capitalismo e chegaram a criar uma fábrica altamente eficiente do jogo, produzindo talentos como se fossem salsichas. Mas a visão que os armênios tinham desses fatos era diferente. Para eles, Petrosian era acima de tudo um armênio.
Obsessão nacional
Dezenas de milhares de pessoas reuniram-se na Praça da Ópera em Erevã, capital do país, para assistir às partidas, que eram reproduzidas em tabuleiros gigantes conforme os lances eram transmitidos de Moscou. O resultado causou uma explosão de fervor patriótico. No mesmo ano, John F. Kennedy foi assassinado.
“Nos Estados Unidos, todos lembram onde estavam quando Kennedy foi baleado”, um homem me disse. “Aqui na Armênia, todas as pessoas que hoje têm uma certa idade lembram o exato momento em que Petrosian se tornou campeão mundial”.
A partir de então, o xadrez transformou-se numa obsessão nacional. O meu taxista, Tigran, não foi o único que encontrei com esse nome. Na verdade, trata-se de um nome armênio antigo. Tigran o Grande construiu um vasto império aqui na época dos romanos. Contudo, os Tigrans se multiplicaram desde as conquistas de Tigran Petrosian.
Tigran Xmalian, um diretor de cinema, fez um filme no qual a história da Armênia moderna é contada por meio do xadrez. O filme é trágico, e o acontecimento mais marcante se passa na Primeira Guerra Mundial. Cerca de um milhão de pessoas – alguns acreditam que esse número seja maior, outros, menor – foram massacradas ou morreram de exaustão em deportações impostas pelos turcos otomanos.
A partir do final dos anos 1980, a Armênia passou por experiências como um catastrófico terremoto, uma guerra contra o Azerbaijão e um colapso econômico. Tigran Xmalian diz que o xadrez oferece às pessoas esperança, a chance de salvação, porque, como ele explica, no xadrez todo peão pode se tornar uma dama.
Em seguida, eu me encontrei com o presidente da Federação Armênia de Xadrez. As negociações para que a entrevista ocorresse levaram meses, o que pode parecer estranho até levarmos em conta que no seu tempo livre ele é também o presidente do país. Por sinal, há dois Tigrans no seu gabinete: o primeiro-ministro e o ministro da Fazenda.
O Estado já oferece treinamento gratuito para os jogadores mais promissores e um salário fixo (equivalente à média salarial) para qualquer armênio que alcance o título de grande mestre. O presidente planeja agora introduzir o xadrez no currículo escolar.
“Não queremos que as pessoas conheçam a Armênia só por causa do terremoto e do genocídio”, disse o presidente Serge Sarkisian. “Ao contrário, nós gostaríamos que o país se tornasse famoso pelo seu xadrez”.
Casa de Xadrez
No centro de Erevã, há um imponente prédio de quatro andares da era stalinista no qual qualquer pessoa pode entrar para jogar uma partida, seja de poucos minutos, seja de horas.
Alguns jogadores posicionam as peças como se fossem blocos de carne, ao passo que outros as movimentam ao longo do tabuleiro como se fossem frágeis porcelanas. Os homens (quase todos são homens) incluem desde jogadores de nível internacional até capivaras, como se diz na linguagem do xadrez.
O prédio chama-se Casa de Xadrez Tigran Petrosian e lá é possível ouvir várias explicações sobre por que os armênios se destacam no jogo. Secretamente, e às vezes não tão secretamente, muitos acreditam que o motivo é que os armênios são simplesmente mais criativos, mais lógicos e mais inteligentes do que o resto do mundo.
Celebridades
Durante um grande torneio internacional de xadrez realizado na estância turística de Jermuk, me deparei com outro Tigran Petrosian. Ele não é parente da lenda do xadrez armênio, mas conta que, depois que Petrosian ganhou o título mundial, o sonho do pai, caso tivesse um filho, era chamá-lo Tigran.
O menino cresceu e se tornou um grande mestre de alta pontuação, membro da equipe que conquistou a Olimpíada. Gordinho e animado, esse Tigran Petrosian não se parece nada com um símbolo sexual, mas na Armênia jogadores de xadrez são celebridades.
Um espectador me conta que o jogador número um da Armênia, Levon Aronian, é o equivalente a David Beckham no país. Ele tem até aquele visual de barba por fazer. Moças e aspirantes a enxadristas o perseguem para conseguir fotos e autógrafos.
Em Jermuk, o público se reúne no local onde os jogos são mostrados em telas. Alguns senhores de mais idade debatem os lances apaixonadamente enquanto o sol reflete em suas têmporas.
O nome do torneio é Memorial Tigran Petrosian. O ex-campeão mundial, que faleceu em 1984, teria completado 80 anos em 2009.
O jovem Tigran Petrosian espera compor a equipe que defenderá a medalha de ouro olímpica em 2010. “O nome me dá um bom pressentimento”, diz. “O problema é que ele faz com que as pessoas tenham a expectativa de que eu vença todos os jogos. É muita pressão”.
domingo, 24 de janeiro de 2010
O garoto de meio milhão de jogadas
A revista Veja, edição 2149, de 27 de março de 2010, traz uma matéria sobre Magnus Carlsen, o garoto de meio milhão de jogadas. Confira trecho abaixo.
Essas são as possibilidades que o norueguês Magnus Carlsen, o novo número 1 do ranking, enxerga diante do tabuleiro. Aos 19 anos, ele é o grande nome de uma geração de enxadristas criada com os recursos dos computadores.
APRENDIZADO VIRTUAL
Carlsen, grande mestre desde os 13 anos, só treina com softwares: ele não se lembra se tem em casa um tabuleiro convencional.
Diante de um tabuleiro de xadrez, o norueguês Magnus Carlsen é capaz de proezas notáveis – principalmente para um jovem de apenas 19 anos. Sua memória guarda meio milhão de jogadas possíveis. Isso significa dispor de resposta pronta para praticamente qualquer lance do adversário. Não bastasse esse imenso arsenal, ele também consegue prever os vinte lances seguintes de uma partida, de acordo com suas movimentações iniciais e as de seu adversário. Carlsen encarna um personagem que gozava de grande popularidade num passado não muito distante – o gênio do xadrez. Até a década de 90, as disputas entre os grandes enxadristas eram televisionadas e eletrizavam o planeta. Os jogadores eram festejados como heróis e tinham seus passos seguidos com curiosidade. O interesse pelo xadrez diminuiu consideravelmente. Magnus Carlsen, pela precocidade e pela velocidade com que vem galgando degraus na carreira, é o primeiro enxadrista em condições de virar celebridade desde então.
Em 2004, com apenas 13 anos, Carlsen derrotou o antigo campeão mundial, o russo Anatoly Karpov, e empatou com o também russo Garry Kasparov, então o número 1 do ranking da Federação Internacional de Xadrez (Fide). No mesmo ano, recebeu o título de grande mestre, a mais alta qualificação de um enxadrista, equivalente à faixa preta nas artes marciais. No ano passado, Carlsen venceu dois torneios cruciais, um na China e outro na Inglaterra, e a recompensa veio no início deste mês. A Fide o colocou na primeira posição no ranking global dos jogadores de xadrez. "Desde a aposentadoria de Kasparov não surgia um jogador de primeiro time que fosse carismático, que atraísse a simpatia do público, como Carlsen", disse a VEJA o americano William Hall, diretor executivo da federação americana de xadrez.
Magnus Carlsen é o grande nome de uma geração de enxadristas que guarda diferenças significativas com os campeões do passado. Boa parte da popularidade desfrutada pelo xadrez nos anos 60 e 70 se devia à exploração ideológica do jogo promovida pelos Estados Unidos e pela União Soviética durante a Guerra Fria. Os soviéticos foram os maiores campeões de xadrez no século XX, mas sua hegemonia era constantemente ameaçada pelos americanos, e as disputas se tornaram instrumentos de marketing na polarização entre capitalismo e comunismo. No século passado, apenas um americano, Bobby Fischer, conquistou o título de campeão mundial de xadrez, em 1972, derrotando o russo Boris Spassky. A partida entre ambos, que durou um mês e meio e foi acompanhada atentamente em todos os quadrantes do planeta, ganhou o apelido grandioso de "o jogo do século".
A característica da geração de enxadristas a que pertence Magnus Carlsen é que ela foi forjada sob forte influência dos computadores e dos softwares de xadrez. Numa entrevista recente, Carlsen não soube dizer se tinha em casa um tabuleiro de xadrez convencional – seu treino, que lhe toma de seis a oito horas diárias, é todo feito com o computador. Em maio de 1997, causou enorme repercussão a derrota de Garry Kasparov na partida que disputou com o supercomputador Deep Blue, construído pela IBM. Parecia incrível que a inteligência cibernética sobrepujasse a humana. Mal se sabia o que estava por vir. Naquele tempo, os programas de xadrez eram apenas grandes bancos de dados de jogadas, anteriormente catalogadas em livros para consulta. Com o avanço da tecnologia e a chegada da internet, os softwares ficaram mais espertos. Além de ser possível atualizá-los com os lances das partidas recém-jogadas, o computador já pode simular o estilo de jogo dos melhores enxadristas, ou seja, imitar soluções criadas por jogadores de carne e osso. "Com os programas de xadrez atuais, é muito difícil vencer a máquina, tanto por sua velocidade de processamento de dados quanto pela qualidade dos lances", diz o enxadrista carioca Darcy Lima, detentor do título de grande mestre e membro do conselho da Fide.
Isso significa que, para derrotarem os computadores, os jogadores têm de ser mais inteligentes? Não necessariamente. Disse a VEJA o psicólogo cognitivo Fernand Gobet, da Universidade Brunel, em Londres, autor de pesquisas que relacionam o xadrez com a inteligência de seus praticantes: "Hoje está provado que o QI não é fator decisivo para se tornar um grande jogador de xadrez. O mais importante é começar a jogar o mais cedo possível, ter motivação para aprender sempre mais sobre o jogo e treinar muito. Só assim se chega a guardar na memória meio milhão de jogadas". Essa foi a trajetória percorrida por Magnus Carlsen.
FONTE: http://veja.abril.com.br/
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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
O efeito Mozart
"Nós temos esta linguagem neural interna comum, com a qual nascemos, e assim, se você souber explorá-la com os estímulos corretos, então ajudará o cérebro a se desenvolver para fazer coisas como raciocinar."-- Dr. Gordon Shaw
"Nós expusemos estes animais [ratos], in utero e depois sessenta dias após o nascimento, a diferentes tipos de estimulação auditiva, e então os testamos em um labirinto espacial. E de fato, os animais que foram expostos a Mozart completaram o labirinto mais rápido e com menos erros. E agora, o que nós estamos fazendo é remover seus cérebros para que possamos fatiá-los e observar neuro-anatomicamente precisamente o que mudou, em função da exposição. Assim, pode ser que esta intensa exposição à música seja um tipo de enriquecimento que tenha efeitos similares sobre as áreas espaciais do hipocampo do cérebro." --Dra. Frances Rauscher
"Histórias com ênfase em que experiência de crianças durante seus primeiros anos de vida irão definitivamente determinar suas habilidades estocásticas, suas futuras carreiras, e sua habilidade de criar relacionamentos amorosos, têm pouco embasamento na neurociência." --John Bruer
O Efeito Mozart é um termo cunhado por Alfred A. Tomatis para um alegado aumento no desenvolvimento cerebral que ocorre em crianças com menos de 3 anos, quando elas ouvem música de Wolfgang Amadeus Mozart.
A idéia do Efeito Mozart surgiu em 1993 na Universidade da Califórnia, em Irvine, com o físico Gordon Shaw e Frances Rauscher, uma expert em desenvolvimento cognitivo. Eles estudaram os efeitos sobre algumas dúzias de estudantes universitários de escutar aos primeiros 10 minutos da Sonata Para Dois Pianos em Ré Maior (K.448) de Mozart. Eles encontraram um melhoramento temporário do raciocínio espaço-temporal, conforme medido pelo teste Stanford-Binet de QI. Ninguém mais foi capaz de reproduzir seus resultados. Pelo menos um pesquisador descobriu que ouvir Mozart torna algumas pessoas mais burras (Halpern). Outro comentou que "o máximo que poderia ser dito a respeito da experiência deles -- se ela fosse completamente inconteste -- seria que ouvir a um mau Mozart melhora o QI de curto-prazo" (Linton). Rauscher prosseguiu para o estudo dos efeitos de Mozart sobre ratos. Ambos Shaw e Rauscher têm especulado que a exposição a Mozart melhora o raciocínio espacial e a memória em humanos.
Em 1997, Rauscher e Shaw anunciaram ter provas científicas de que instrução em piano e canto são superiores a instrução em computação para aumentar as habilidades de raciocínio abstrato em crianças.
A experiência incluiu três grupos de pré-escolares: um grupo recebeu aulas particulares de piano/teclado e aulas de canto; um segundo grupo recebeu aulas particulares de computação; e um terceiro grupo não recebeu nenhum treinamento. Aquelas crianças que receberam treinamento em piano/teclado tiveram desempenho 34% melhor, em testes medindo habilidade espaço-temporal, que os outros. Estas descobertas indicam que a música melhora de forma única as altas funções cerebrais exigidas pela matemática, xadrez, ciência e engenharia.
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terça-feira, 27 de outubro de 2009
Comunicado CBX
Comunicado CBX nº 46/2009 - Quadro de Árbitros
Vitória/ES, 21 de Outubro de 2009.
A CBX possui hoje 415 árbitros cadastrados, dentre os quais, até a presente data, apenas 144 estão em dia com a anuidade. Desde o início do corrente ano, o regulamento de árbitros, em seu item 14, normatiza a suspensão automática dos árbitros que não quitarem suas anuidades até o fim deste ano. Sendo assim, o presente comunicado tem a finalidade de relembrar aos árbitros que ainda não quitaram suas anuidades acerca desta obrigação, sob pena de suspensão. O árbitro suspenso não poderá ministrar cursos de arbitragem, arbitrar torneios e nem mesmo participar de FIDE Arbiter Seminar. O tempo em que o árbitro ficar suspenso não contará para efeitos de promoção.
Pablyto Robert
Presidente da CBX
Vitória/ES, 21 de Outubro de 2009.
A CBX possui hoje 415 árbitros cadastrados, dentre os quais, até a presente data, apenas 144 estão em dia com a anuidade. Desde o início do corrente ano, o regulamento de árbitros, em seu item 14, normatiza a suspensão automática dos árbitros que não quitarem suas anuidades até o fim deste ano. Sendo assim, o presente comunicado tem a finalidade de relembrar aos árbitros que ainda não quitaram suas anuidades acerca desta obrigação, sob pena de suspensão. O árbitro suspenso não poderá ministrar cursos de arbitragem, arbitrar torneios e nem mesmo participar de FIDE Arbiter Seminar. O tempo em que o árbitro ficar suspenso não contará para efeitos de promoção.
Pablyto Robert
Presidente da CBX
sábado, 24 de outubro de 2009
Mente e Cerébro
Faça o download da Revista Mente e Cerébro, edição de fevereiro de 2005, que traz interessante matéria sobre a memória de cálculo de um jogador de xadrez. Clique aqui para baixar (CORRIGIDO)
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Plano Nacional de Desenvolvimento do Xadrez Educacional
GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA Nº 171, DE 24 DE SETEMBRO DE 2009
O MINISTRO DE ESTADO DO ESPORTE, no uso de suas atribuições regulamentares e,considerando o disposto no art. 217 da Constituição Federal;considerand o a competência da Secretaria Nacional de Esporte Educacional (SNEED/ME) definida no Regimento Interno do Ministério do Esporte/ME;consider ando a demanda da sociedade brasileira quanto ao fomento e à prática de modalidade esportiva xadrez, em todas as suas particularidades; econsiderando o Programa Interministerial Xadrez na Escola realizado entre o Ministério do Esporte e o Ministério da Educação,resolve:
Art. 1º Instituir Grupo de Trabalho para estudar o cenário nacional da prática de xadrez e a construção de um plano nacional de desenvolvimento do xadrez educacional.
Art. 2º O Grupo de Trabalho será integrado pelos seguintes membros:
I - Antonio Apolinário Rebelo Figueiredo, Diretor do Departamento de Esporte Universitário da SNEED/ME;
II - Danielle Fermiano dos Santos Gruneich, Coordenadora- Geral de Esporte Universitário da SNEED/ME;
III - Amauri Aparecido Bássoli de Oliveira, Representante da Universidade Estadual de Maringá;
IV - Charles Moura Netto, Vice-Presidente Financeiro da Confederação Brasileira de Xadrez - CBX;
V - Júlio Lapertosa, Vice-Presidente de Xadrez Escolar da Confederação Brasileira de Xadrez - CBX;
VI - Robson Lopes Aguiar, Secretário-Geral da Confederação Brasileira de Desporto Escolar - CBDE;
VII - Andre de Mendonça Furtado Mattos, Diretor-Técnico da Confederação Brasileira de Desporto Universitário - CBDU;
VIII - Leandro da Costa Fialho, Coordenador de Ações Educacionais Complementares da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC.
Parágrafo único. A presidência ficará a cargo do Diretor do Departamento de Esporte Universitário da SNEED/ME, Antonio Apolinário Rebelo Figueiredo.
Art. 3º Compete ao Grupo de Trabalho:
I - construir a proposta de plano nacional de fomento ao xadrez educacional, a ser apresentada ao Ministério do Esporte e ao Ministério da Educação;
II - elaborar estratégia de fomento do xadrez no Programa Segundo Tempo;
III - elaborar interface da modalidade xadrez no âmbito do Programa Mais Educação;
IV - analisar a execução e as diretrizes do Programa Xadrez nas Escolas; e
V - elaborar proposta de capacitação para professores de Educação Física do Programa Segundo Tempo.
Art. 4º As despesas relativas às reuniões do Grupo de Trabalho correrão por conta da dotação orçamentária deste Ministério do Esporte.
Art. 5º O Grupo de Trabalho poderá solicitar a participação de convidados e colaboradores eventuais, mediante justificativa. Parágrafo único. O pagamento de diárias e passagens necessárias para essa participação será custeado pelo Ministério do Esporte.
Art. 6º O Grupo de Trabalho terá o prazo de cento e vinte dias para conclusão dos trabalhos, podendo ser prorrogado, sucessivamente, por períodos iguais.
Art. 7º O Ministério do Esporte poderá firmar parcerias com entidades públicas ou privadas, sem fins lucrativos, visando a fomentar ações relevantes para a consecução dos objetivos estabelecidos no plano de que trata o art. 1º.
Art. 8º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
ORLANDO SILVA
MINISTRO DOS ESPORTES.
PORTARIA Nº 171, DE 24 DE SETEMBRO DE 2009
O MINISTRO DE ESTADO DO ESPORTE, no uso de suas atribuições regulamentares e,considerando o disposto no art. 217 da Constituição Federal;considerand o a competência da Secretaria Nacional de Esporte Educacional (SNEED/ME) definida no Regimento Interno do Ministério do Esporte/ME;consider ando a demanda da sociedade brasileira quanto ao fomento e à prática de modalidade esportiva xadrez, em todas as suas particularidades; econsiderando o Programa Interministerial Xadrez na Escola realizado entre o Ministério do Esporte e o Ministério da Educação,resolve:
Art. 1º Instituir Grupo de Trabalho para estudar o cenário nacional da prática de xadrez e a construção de um plano nacional de desenvolvimento do xadrez educacional.
Art. 2º O Grupo de Trabalho será integrado pelos seguintes membros:
I - Antonio Apolinário Rebelo Figueiredo, Diretor do Departamento de Esporte Universitário da SNEED/ME;
II - Danielle Fermiano dos Santos Gruneich, Coordenadora- Geral de Esporte Universitário da SNEED/ME;
III - Amauri Aparecido Bássoli de Oliveira, Representante da Universidade Estadual de Maringá;
IV - Charles Moura Netto, Vice-Presidente Financeiro da Confederação Brasileira de Xadrez - CBX;
V - Júlio Lapertosa, Vice-Presidente de Xadrez Escolar da Confederação Brasileira de Xadrez - CBX;
VI - Robson Lopes Aguiar, Secretário-Geral da Confederação Brasileira de Desporto Escolar - CBDE;
VII - Andre de Mendonça Furtado Mattos, Diretor-Técnico da Confederação Brasileira de Desporto Universitário - CBDU;
VIII - Leandro da Costa Fialho, Coordenador de Ações Educacionais Complementares da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC.
Parágrafo único. A presidência ficará a cargo do Diretor do Departamento de Esporte Universitário da SNEED/ME, Antonio Apolinário Rebelo Figueiredo.
Art. 3º Compete ao Grupo de Trabalho:
I - construir a proposta de plano nacional de fomento ao xadrez educacional, a ser apresentada ao Ministério do Esporte e ao Ministério da Educação;
II - elaborar estratégia de fomento do xadrez no Programa Segundo Tempo;
III - elaborar interface da modalidade xadrez no âmbito do Programa Mais Educação;
IV - analisar a execução e as diretrizes do Programa Xadrez nas Escolas; e
V - elaborar proposta de capacitação para professores de Educação Física do Programa Segundo Tempo.
Art. 4º As despesas relativas às reuniões do Grupo de Trabalho correrão por conta da dotação orçamentária deste Ministério do Esporte.
Art. 5º O Grupo de Trabalho poderá solicitar a participação de convidados e colaboradores eventuais, mediante justificativa. Parágrafo único. O pagamento de diárias e passagens necessárias para essa participação será custeado pelo Ministério do Esporte.
Art. 6º O Grupo de Trabalho terá o prazo de cento e vinte dias para conclusão dos trabalhos, podendo ser prorrogado, sucessivamente, por períodos iguais.
Art. 7º O Ministério do Esporte poderá firmar parcerias com entidades públicas ou privadas, sem fins lucrativos, visando a fomentar ações relevantes para a consecução dos objetivos estabelecidos no plano de que trata o art. 1º.
Art. 8º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
ORLANDO SILVA
MINISTRO DOS ESPORTES.
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